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Breve história sobre os celtas.


Se você já ouviu falar de povos bárbaros, os celtas eram uma das etnias que formavam esse grupo. O nome celta vem do grego “celtios” (kéltios), que significa “bárbaros além das montanhas”. O pouco que sabemos sobre os celtas, é através dos relatos romanos, que por sua vez, sempre os colocam como um povo hostil. Por isso o nome bárbaros (a origem do nome bárbaros, é porque os gregos diziam que a fonética dos povos do norte da Europa tinha o som semelhante a bar-bar). Na realidade, os celtas não eram um povo hostil, apenas defenderam seu território quando atacados pelos romanos. É comum vir à mente que a Irlanda, Escócia, Bretanha e País de Gales, eram os lugares da habitação dos celtas. Mas os estudos históricos revelam que essa etnia estava espalhada desde a Península Ibérica até a Turquia. Uma prova bíblica disso, são os gálatas. Gálatas é a forma grega para gauleses (se você é um fã das histórias do Asterix, já entendeu!). Assim como os judeus, os celtas preservavam sua cultura e tradição independente do país onde viviam. Dessa forma, guardando sua música, religião e crenças.

Normalmente, os celtas são ligados ao Halloween e Wicca, o que era uma tradição entre eles, tratando-se de um povo politeísta. Mas pouco se fala sobre sua conversão ao Cristianismo.
A conversão dos celtas ao Cristianismo, aconteceu em meados do século V. Alguns estudiosos, afirmam que no século I haviam seguidores do Cristianismo na Inglaterra (é provável, tratando-se dos gálatas serem um povo celta). Conta a história que, o apóstolo Tiago, foi como missionário para a Espanha e lá, converteu os celtas (na Espanha, ainda hoje existem estados celtas, como a Galícia). Duas lendas que surgem desse mesmo período são a do Santo Graal (o cálice que Jesus bebeu o vinho na última ceia) e Rei Arthur. Mas os grandes expoentes da conversão dos celtas ao Cristianismo são Saint Patrick (os irlandeses comemoram até hoje o Saint Patrick´s Day) e Columba. Saint Patrick foi um missionário que cresceu na Bretanha e foi sequestrado por criminosos, sendo assim, levado para a Irlanda como prisioneiro. Patrick conseguiu voltar ao seu país e terminou seus estudos teológicos. Em determinado momento de sua vida, sentiu que deveria voltar para a Irlanda e pregar àqueles que um dia o fizeram mal. Patrick desafiava a bruxaria dos druídas (líderes religiosos, e filósofos celtas) e vencia. O mais famoso de seus desafios, foi expulsar todas as serpentes da ilha da Irlanda. Columba era um monge escocês que vivia na ilha de Iona. A ilha de Iona, nos arredores da Escócia, era um monastério conhecida como o lugar onde habitavam os “loucos de Deus”. Columba, era responsável por treinar esses monges e enviá-los como missionários entre os celtas. Uma das histórias sobre Columba, conta que após ter ficado por três dias jejuando e orando, na ilha de Iona, viu anjos descendo do céu e cantando uma canção tão bela que ele não teve palavras para expressar até o dia de sua morte.

Algumas das características fundamentais do Cristianismo Celta, é que eles não eram ligados ao poderio do Papa – o que provocava um problema com Roma – e dessa forma, não se colocavam debaixo das regras do Cristianismo de Roma.
Os celtas também acreditavam cegamente na Trindade, porque na sua cultura, o número três era o número que organizava todas as leis, regras e sua antiga religião. Por isso não tiveram dificuldade em crer na Trindade. Como a religião dos druídas era fortemente ligada à natureza, aqueles que se converteram ao Cristianismo preservaram essa característica. Os cultos dos celtas eram realizados no meio das florestas e suas canções sempre exaltavam o Deus que criou todas as coisas. Isso fazia com que os celtas fossem cuidadosos com a natureza. Se procurarmos um celta autêntico não acharemos, mas, os povos que hoje são descendentes diretos são os irlandeses, escoceses, bretãos, espanhóis do centro-norte da Espanha e franceses da região da Bretanha. Uma das grandes riquezas da arte celta é sua música. A música era uma forma de expressão bastante profunda entre eles. Pode-se observar que a música tradicional da Escócia é mais marcada, mais marcial. Isso devido às batalhas contra os ingleses. A música tradicional da Irlanda é mais alegre, mais cheia de “floreios” e detalhes. Ambas regiões, trazem consigo uma característica aldeã muito forte em suas canções. Outra forma é a música mais calma, mais reflexiva (normalmente confundida com New Age. Mas vale lembrar, New Age não é música celta). Alguns tradicionais instrumentos da música celta são:

Tin whistle ou penny whistle: flauta de latão com som bastante doce e agudo. Também existe a versão grave, conhecida como low whistle.
Gaita-de-foles (uillean pipes, bagpipes): trata-se de uma bolsa com foles (tubos) por onde sai o som. É erroneamente chamado de instrumento de sopro, mas é um instrumento de ar. O bocal serve apenas para assoprar o ar que será armazenado na bolsa. Violino (fidle): muito comum em dobras com o whistle
Bodhràn: instrumento percussivo semelhante ao pandeirão, só que tocado com uma haste.
Bouzouki: instrumento de 8 cordas semelhante ao laúde.
Mandolin: instrumento de cordas semelhante ao bouzouki mas um pouco menor. Vale lembrar, que com a imigração dos irlandeses para os Estados Unidos, a música tradicional irlandesa (de origem celta), tornou-se uma forte inspiração para o country. Com os irlandeses nos Estados Unidos, foram adicionados a música irlandesa outros instrumentos, como o violão, dobro (violão com corpo de metal usado com o bottleneck, slide) e banjo.

Fonte: http://www.tehilim.com.br/musica.php

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